A noite de ontem foi importante para a Lexus. Num evento grande a ponto de merecer transmissão ao vivo pela internet através do Facebook, finalmente se fez o lançamento da nova fase do maior sedã de uma marca cujo foco é aliar o luxo a uma interessante dose de estilo. O face-lift teve como principal objetivo sintonizar o carro com as mais recentes regras de estilo dos carros da marca, mas também dotá-lo de novos itens de requinte e segurança. Afinal, ele tem rivais do naipe de Audi A8 e BMW Série 7.
Pode até parecer estranho que todo esse alarde se faça apenas para um redesenho de meia-vida, mas fato é que ele mudou bastante. Mais de três mil peças, segundo a Lexus. Essas mudanças começam a se fazer notar na dianteira, que passa a usar a imponente grade com formato de dois trapézios unidos. É interessante notar que ela traduz muito bem a dupla origem da marca, porque as linhas imponentes típicas dos carros ocidentais agora formam um contraste de muito bom gosto com a profusão de recortes e vincos pronunciados que tanto caracteriza os carros japoneses, com os quais os Lexus tem forte parentesco. Já a traseira tem sua dualidade de valores expressada não em lugares, mas sim em épocas: as lanternas agradam pela modernidade do uso de LEDs, mas ao mesmo tempo são unidas por um filete cromado acima da placa que remete aos sedãs de vinte anos atrás. Esse item já é famoso nos sedãs justamente por causar essa impressão conservadora que agrada à maioria dos seus clientes. As laterais exibem linhas limpas mas muito elegantes, que combinam muito bem com as rodas enormes. Ele preserva a opção da carroceria alongada.
Por dentro temos novos quadro de instrumentos, revestimentos das portas e console central, numa cabine que conclui o ar de sofisticação com iluminação branca. O console, aliás, não só segue a tendência de oferecer uma completa central de entretenimento como o faz por uma touchscreen de alta definição de surpreendentes 12,3 polegadas. A extensa lista de mimos ao motorista inclui ar-condicionado digital e bancos com regulagem de temperatura individual, entre vários outros. Fora o detalhe das cinco opções de revestimento (cinza, caramelo, marfim, marrom topázio ou preto) para combinar com as quatro opções de madeira. Já a área da segurança melhorou com os novos sistemas eletrônicos, como o de monitorar pontos cegos acima de 16 km/h, ajudar o motorista a se manter na faixa da rua ou o que previne colisões iminentes parando o carro por completo se estiver abaixo de 39 km/h. Com essa lista de itens de série, os opcionais são sonhos como a suspensão aérea, que soma os modos de direção Confort e Sport S+ no seletor de comportamento, além de Eco, Normal e Sport. Já os bancos podem fazer nada menos que massagem shiatsu.
Todo esse preparo é necessário para conter a força dos dois motores que o LS oferece. A versão de topo se chama LS 600hL porque é híbrida, e traz um V8 5.0 de 445 cv associado ao motor elétrico. Este sempre vem com câmbio CVT e tração integral. Já os LS 460 e LS 460L usam o 4.6 V8 com potência e torque de 387 cv e 50,7 kgfm, usando câmbio automático de oito marchas e ganhando opção de tração traseira. Este último, aliás, também equipa a principal novidade da linha 2013 do sedã. A versão LS 460 F-Sport foi a primeira a aparecer oficialmente, e se destaca pelo pacote esportivo de ótimo gosto: ele teve a suspensão rebaixada, ganhou parachoques mais agressivos, diferencial Torsen quando usa tração traseira e rodas de 19”, tendo as dianteiras pinças Brembo. A cabine tem acabamento em alumínio, bancos esportivos e paddle shifts para as trocas de marchas. O lado bom é que a Lexus brasileira já confirma a vinda do modelo re-estilizado para novembro, apesar de que apenas na versão LS 460 L. Ainda não se sabe o preço que terá.