Škoda Rapid

Outra das estreias marcadas para o Salão de Paris é outra das variações que o Grupo VW pretende lançar para o seu mais recente projeto de sedã premium, que em breve também terá uma versão para o Brasil. Por enquanto só se sabe que foi a vez de a divisão tcheca apresentar o que para os espanhois, por exemplo, virou o novo Seat Toledo. O Rapid atual se vale de um nome detido pela Škoda há várias décadas para aliar um projeto bonito e moderno a custos moderados, visando aumentar sua participação mundial.

Analisar os modelos de cada marca desse conglomerado permite a definição descompromissada de que Audi, Bentley e Lamborghini se revezam para atender os clientes mais abastados, enquanto os demais se dividem em Seat, Škoda e Volkswagen. Entre as três últimas, se a primeira tem estilo muito mais esportivo e a segunda já chega a desgastar sua imagem com tantos modelos e de desenhos parecidos entre si, os clientes mais conservadores encontram uma opção interessante na terceira, e o Rapid é um bom símbolo disso. Basta olhar seu desenho: as linhas gerais são as mesmas dos irmãos de projeto, e simulam um mini-Jetta. Mas a dianteira própria da marca começa a sobriedade com a grade, cromada e de filetes verticais – o Corolla de uma geração atrás usava uma grade assim só na versão de topo, porque queria causar essa mesma impressão. Mas o Rapid não fica feio, pelo contrário. Os farois de neblina tão retangulares quanto os principais encontram resposta na faixa em baixo relevo da tampa do porta-malas, que sustenta a placa e une as lanternas sem chamar excesso de atenção.

Existe uma boa parcela de clientes que prefere apelar à sobriedade ao escolher um carro, e ela tem tudo para gostar deste também ao entrar na cabine. O console central infelizmente lembra um VW mais do que deveria, mas o lado bom é que isso também implica na alta qualidade geral do acabamento. O porta-malas combina bem com sua proposta familiar, oferecendo amplos 550 litros. Sua oferta se faz nas versões Easy, Ambiente e Elegance, todas caracterizadas por uma generosa lista de itens, com direito a seis airbags, freios com ABS e EBD, e controles de estabilidade e tração. A gama de motores segue o padrão europeu, e usa várias das opções disponíveis atualmente no Grupo VW: usando gasolina temos um 1.2 tricilíndrico de 75 ou 85 cv, 1.2 TSI de 105 cv ou 1.4 TSI de 122 cv. O downsizing se pratica também quando ele usa diesel, porque oferece um 1.6 TDi de 90 ou 105 cv.