Quando uma marca está por lançar um modelo importante, vale a pena analisar as diferentes reações que as rivais apresentam. Afinal, os carros de seu segmento estão nas mais diversas fases de seus ciclos de vida mas nenhum quer perder vendas, então fazem o que podem para chamar atenção quando os holofotes focam a novidade. A L200 Triton é o mais recente caso dessa estratégia, mas a julgar por suas mudanças da linha 2013 ela tem ótimas chances de seduzir quem hoje pensa na nova Chevrolet S10 ou espera a Ford Ranger.
Olhando por fora é de se imaginar que elas não mudaram muito. Mas basta continuar olhando para perceber que essa picape realmente ainda não demonstra sinais de cansaço visual mesmo quando se coloca ao lado das concorrentes mais novas: seu estilo é diferente das outras porque é todo curvado, apostando em linhas mais orgânicas que fazem uma bela diferença na multidão de carros que recorrem às linhas retas para passar impressão de solidez. Um exemplo se nota olhando a picape quase de frente, como a foto do modelo vermelho que encabeça este artigo: a parte central das laterais é levemente mais larga que os extemos superior e inferior, enquanto a caçamba tem altura menor na parte da tampa que no extremo que toca a cabine. São detalhes como esses denotam um projeto caprichado e com qualidade, porque consegue fugir das soluções que a maioria usa e ainda conseguir um resultado que merece destaque. A lista de versões aparecerá a seguir, mas já vale reparar que cada uma tem desenho próprio na dianteira, incluindo até farois diferentes.
Há pouco tempo a picape ganhou novas versões para terminar de aposentar a geração antiga, que até então estava em linha apenas na base da gama. Então agora a Triton começa com a GL por R$ 83.990, cujos parachoques pretos e rodas de aço denunciam o foco nos frotistas. A versão GLX (R$ 87.490) continua com a vocação de trabalho, mas ela ganha destaque por aliar a cabine dupla de sempre à caçamba estendida: sua diferença está em levar cinco pessoas mas sem abrir mão do espaço de carga que só a cabine simples das rivais oferece. Já a GLS começa em R$ 95.990 e se mostra bem-dimensionada para serviço pesado, mas já oferece desenho e requinte muito mais voltados ao uso familiar. O topo da linha se faz com a HPE (R$ 99.990), e isso se vê por várias partes. Uma delas é a tal diferença na frente, que usa parachoques de desenho mais suave (e próximo ao dos veículos urbanos) e farois de dupla parábola, que iluminam melhor e combinam com o requinte da grade tipo colmeia com moldura cromada exclusiva da versão – as outras usam três filetes, que são cromados apenas na GLS.
Entretanto, não se pode comentar da gama de versões sem passar pela grata surpresa da lista. Ela trouxe de volta a famosa versão Savana, com uma série de alterações visando seu uso em off-road mais pesado. As fotos abaixo já antecipam que ela deixa os requintes para a HPE. Sua carroceria foi reforçada em seis pontos, e não só traz rack de teto como duas caixas para acessórios, na caçamba. As rodas de aço vêm com pneus Scorpion Mud 255/70 R16, que em conjunto com o snorkel lhe permitem transpor trechos alagados de até 80 cm de profundidade. Seu interior volta a passar a sensação de luxo com ar-condicionado automático, central multimídia Power Touch e trio elétrico, mas isso entra num interessante contraste com a vocação lameira expressada pelos bancos com capa de neoprene e o tapete de borracha. Esta versão sai por R$ 112.490 e usa o mesmo 3.2 turbodiesel 16v das outras versões, com potência de 170 cv e torque de 35 kgfm.
Além da chegada dessa nova versão, toda a gama trouxe novidades na parte que não se vê. O conjunto da suspensão foi retrabalhado por completo, e agora traz o sistema Sport Dynamic Suspension (SDS), que reduz os movimentos da carroceria e deixa o veículo mais estável porque, segundo a marca, sua calibragem traz o mesmo nível de conforto e segurança com o carro vazio ou carregado com mais de uma tonelada, em qualquer piso. O cumprimento deste objetivo ainda ganha a ajuda dos também totalmente novos amortecedores s Displacement, tecnologia que compensa justamente a diferença de comportamento do carro entre seus dois extremos de carga, evitando por exemplo que as rodas se projetem com muita velocidade em depressões. Por dentro temos bancos novos desde a estrutura até o tecido, que por sua vez usa a tecnologia raschel. A versão HPE a diesel pode vir com câmbio manual (R$ 112.490) ou automático (R$ 121.490), mas o preço inicial é para o motor a gasolina, um 3.5 V6 flexível de até 205 cv e 33,5 kgfm.
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