Após tanto suspense, o elegante sedã de luxo francês chega ao lançamento oficial. Ele já aproveita a recente redução de IPI para ficar no preço de R$ 114.900, situando-se assim na segunda faixa de sedãs de luxo à venda no país. Ele vai enfrentar uma concorrência que fica cada vez maior e melhor, mas a Peugeot sabe disso. O 508 chega com uma ótima estratégia de posição, e suas qualidades lhe dão alto potencial para conseguir êxito no sempre valorável objetivo de refinar a imagem da Peugeot no nosso mercado.
Ter este modelo no portfólio brasileiro é uma novidade extremamente agradável para o nosso mercado, pois não se trata de qualquer carro. Seu desenho externo cativa com muita facilidade porque abandonou as formas abauladas e frequentemente exageradas que os Peugeot usaram até alguns anos atrás – aqueles farois enormes até ficam bem num esportivo como o RCZ, mas é claro como destoam de um compacto como o nosso 207. O 508 na Europa substitui de uma vez o belíssimo 407 nas versões de topo e o 607, ficando num nível intermediário. Ele ganha tantos pontos no design por aliar a identidade felina da Peugeot com uma sobriedade que cai muito bem nesta categoria, deixando a veia revolucionária para o igualmente belo irmão de plataforma Citroën C5.
Categoria que, aliás, vê a estreia da Peugeot brasileira. Trata-se de um segmento aquecido, mas que em números vende pouco, e isso explica o foco dos franceses ao trazer o 508 em dar um toque de requinte à linha, e não em fazê-lo aparecer em cada esquina que se olhe. Isso se faz com a luxuosa cabine que surpreende pelo entre-eixos de 2,82 metros e por sua qualidade, que deu um salto em relação aos antecessores e aposta na fartura de itens: nossa versão é a completa, então temos ar-condicionado quadrizona, banco dianteiro e freio de mão elétricos, central multimídia com touchscreen no painel, controle de estabilidade, teto solar, volante multifuncional. E o toque de distinção se faz com o sistema HUD, que projeta informações do quadro de instrumentos no parabrisa.
A parte de motorização indica que ele não se destina a quebrar recordes de velocidade. Se o 1.6 THP tem força para combinar com o RCZ, leva o 3008 com folga e ainda sobra esportividade para incrementar a imagem do 408 na versão de topo Griffe, num sedã mais pesado como o 508 seu comportamento é surpreendente. Ele não é um foguete, mas conta com suspensão muito bem adaptada ao nosso piso e ajuda do câmbio automático de seis marchas: com isso o motor de 165 cv e 24,7 kgfm parece ter capacidade bem maior. Seu projeto moderno lhe leva de 0 a 100 km/h em 9s2 e à máxima de 220 km/h, mas seu tamanho reduzido lhe dá economia suficiente para não ter a fama de carro gastador que trazem os V6 dos rivais mais caros.
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