Que melhor forma de se preparar para o Salão do Automóvel senão com as primeiras informações oficiais de um dos lançamentos mais aguardados do ano? Há tempos já se sabe que a Chevrolet brasileira vem efetivando um extenso plano de renovação em sua linha de veículos, mas por mais modernos e evoluídos que sejam seus novos modelos, até agora todas as novidades se dirigiam a faixas de preço médias e altas. Pois agora você pode conhecer como a marca aplica essa nova estratégia ao segmento que mais vende no país.
Houve uma época em que o segmento de entrada da Chevrolet esteve muito ineficiente, porque concentrava modelos demais competindo pelo mesmo público e em maioria antigos. Havia a linha Celta e Prisma e a linha Corsa nas suas duas gerações – eram projetos de 1994 e 2001. Já se sabia que a solução era oferecer modelos em menos quantidade e mais modernos, e isso ajuda a explicar por que por mais que o Agile tenha sido a primeira tentativa, o sucesso entre os carros compactos só começou a vir com o Cobalt e sua plataforma europeia Gamma II. Agora o Onix chega com a mesma solução para reverter de vez a fama que a marca criou nos últimos anos: sua ideia é trazer modernidade em níveis inéditos na categoria. A própria construção que tem já é um bom exemplo a citar, porque se trata de um projeto muito moderno e de base compartilhada com modelos de respeitada qualidade, caso do Sonic e do Corsa europeu, que vêm vendendo muito bem em seus mercados. Como nós temos o primeiro destes atuando entre os premium e o Agile logo abaixo, é explicável que o Onix tenha vindo com foco no segmento de entrada. Já se sabe que ele vai assumir o papel do Corsa, mas também é muito provável que a médio prazo ele tome o lugar do Celta.
A questão é que basta pedir um preço competitivo pelo Onix básico e ele se torna um excelente competidor em meio ao campo de batalha que se tornou a categoria dos compactos nos últimos tempos. Enquanto Corsa e Agile apostam em traseira mais vertical para otimizar o espaço interno e assim favorecer as famílias, o novato aposta num corte bem mais inclinado para lembrar a esportividade dos cupês. Sua dianteira segue a recente tendência de ganhar em altura e perder em comprimento, mas é muito interessante notar a ordem de destaques dos seus elementos: por baixo há uma grande faixa preta unindo os farois de neblina à tomada de ar inferior, e logo acima os farois chamam muita atenção para o formato, comprido e de perfil baixo para aumentar a sensação de largura. Mas tudo isso foi esculpido de forma a coadjuvar com a grade principal. Ela não só tem a todos convergendo a si como até o capô é mais elevado ao redor dela – coincidentemente ou não, justo no Onix a Chevrolet desenhou sua clássica grade bipartida de tal forma que se fosse um pouco mais alta teria o mesmo formato do brasão do Superman. Há quem diga que a partir das laterais ele se parece muito com o Gol, mas é mais provável que a inspiração tenha vindo do Cruze Sport6: a forte dobra criada a partir da porta traseira e que se funde com o desenho da lanterna é uma clara evolução da solução do irmão maior.
Entrando no carro, os sorrisos continuam. A cabine repete a atual identidade Chevrolet, e isso se torna um elogio porque significa bom espaço para quatro (o quinto passageiro nesses carros sempre fica apertado), desenho moderno e de bom gosto e pacotes de itens atraentes, em 2,53 m de entre-eixos e 280 litros de porta-malas. Seus motores serão 1.0 e 1.4 SPE/4, a evolução da linha VHCE. Na ordem, geram potência de 78/80 cv e 98/106 cv e torque de 9,5/9,8 kgfm e 12,9/13,9 kgfm. Estes motores equiparão as três versões típicas da Chevrolet como LS 1.0 (R$ 29.990), LT 1.0 (R$ 31.690), LT 1.4 (R$ 35.290) e LTZ 1.4 (R$ 41.990). As listas de equipamentos flutuarão entre itens como ar-condicionado, computador de bordo, direção hidráulica e trio elétrico, entre outros, mas dois casos merecem destaque: um é que o Onix traz airbag duplo e freios ABS de série desde a versão de entrada, e o outro é o tão alardeado MyLink. O compacto é o primeiro Chevrolet brasileiro a trazer a famosa central de entretenimento da marca, que chama atenção pelas 7” da touchscreen no console central. Esse sistema traz GPS, som multimídia e conexões Bluetooth e USB, que também permitem acessar vídeos e fotos. O câmbio automático ficará para 2013, mas pelas fotos já se vê que ele também vai aderir à moda da personalização leve de fábrica. Suas vendas começam em novembro.
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