Vinte dias separam hoje do começo das vendas do hatchback médio cuja versão japonesa acaba de ter as primeiras informações oficiais reveladas. A Toyota promoveu uma completa reformulação em seu modelo para enfrentar melhor a dura concorrência que se começou a formar, com as recentes gerações de Hyundai i30 e Volkswagen Golf. O Auris busca combatê-los com o melhor da escola japonesa tanto em estilo como em requinte ou na parte técnica, além de valorizar bastante tanto a esportividade como a eficiência.
Seu desenho reflete o estilo já típico dos modelos orientais, caracterizado por uma profusão de recortes e vincos para formar os elementos da carroceria. As imagens permitem concluir que suas proporções foram bem-calculadas, sem grandes áreas vazias ou excessos de traços. Porém, ele não escapa da sensação de que essa linguagem visual já está cansativa de ver. A dianteira tem seus toques de originalidade ao não combinar as grades superior e inferior, mas as laterais com linha de cintura elevada e dois vincos fortes ou a traseira com vidro estreito já são tão usados nos carros mais recentes que acabam ficando repetitivos demais. Somente na traseira, por exemplo, o caimento bem leve do teto e a vigia traseira em forma de triângulo lembram o novo Nissan Tiida, ao passo que o desenho mais abaulado na área do parachoque é a cara da solução usada no Peugeot 308. Nesse ponto, vale admitir que a receita usada pelo Golf, por exemplo, consegue lhe manter original, porque sua ideia de modernizar a receita da primeira geração sucessivas vezes acaba por lhe deixar diferente dos concorrentes.
Um aspecto importante é que os japoneses não hesitam em investir na modernidade de seus projetos. O novo Auris ficou 3 cm mais comprido, manteve a largura e ficou mais leve, passando a 1.180 kg. Sua cabine oferece opções de revestimento para todos os gostos, mesclando os detalhes prateados à cor preta para os que querem um toque jovial e moderno, ou à cor bege para dar um toque de sobriedade. O console central não oferece muitos destaques, trazendo um desenho mais horizontal – uma ausência lamentável está no sistema de som, que não conta com um item que já virou muito comum nos carros mais modernos: touchscreen. É de se esperar que este carro tenha amplo espaço interno para quatro pessoas, mas também levando um quinto ocupante sem aperto. Um ponto bom do já comentado desenho da traseira é que ela permite a boa capacidade de 360 litros para o porta-malas. Em breve serão reveladas novas informações, mas quanto à motorização já se sabe que ele virá com o 1.5 16v de 108 cv e o 1.8 16v de 143 cv, ambos usando câmbio automatizado CVT.
Falando em motores, a opção mais potente apresenta um destaque desta nova geração. O novo Auris ganha a versão RS, que expressa toda a sua esportividade com poucas diferenciações no visual mas muitas na parte interna: a cabine ganhou os bancos em revestimento exclusivo, numa combinação de bordô e preto de muito bom gosto. Além disso, se o seu motor é o mesmo das versões comuns, ele compensa com a exclusiva suspensão traseira do tipo multilink e um acerto mais apurado de dirigibilidade. Futuramente ele também terá uma versão híbrida, cujas informações até agora se resumem apenas às fotos – seu interior troca as luzes verdes por azuis e adota cores mais conservadoras para os bancos e painel. O Auris também ganhará os mercados da Europa no máximo no ano que vem, ganhando para isso produção também na planta de Burnaston, na Grã-Bretanha.
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