Continuando a extensa lista de lançamentos previstos para o Brasil, a Audi dá continuidade ao que deve ser a época dos esportivos: primeiro tivemos os três S5, depois nada menos que os R8 GT, e agora a série especial do que deve ser a mais carismática linha de carros desta marca. Famosos pelo desenho arrebatador, há alguns anos os TT de segunda geração ganharam uma edição especial de uma importância histórica sem tamanho para qualquer entusiasta de carros. É justamente ela que acaba de chegar ao país.
A nomenclatura atual que a Audi usa para seus modelos começou a se implantar nos anos 1990, e é a que determina nomes como A3 e A4 e suas versões esportivas S3 e S4. Mas esta mesma década teve um modelo tão bem-sucedido que seu nome motivou mais uma série para a marca. A perua RS2 era derivada dos Audi 80, e seu excelente preparo mecânico lhe deu uma legião de fãs ao redor do mundo. Anos mais tarde vieram mais quatro modelos, mas até então todos baseados nos carros convencionais. Com isso, não é de se estranhar que a ideia de aplicar a “fórmula RS” à imagem já consagrada dos TT tenha tido enorme sucesso. Um detalhe particular deles, porém, é que sua produção foi para Györ, na Hungria, enquanto todos os RS anteriores saíram da terra natal, mais precisamente de Neckarsulm. As fotos indicam que seu design realmente não precisava de excesso de distinção visual: a esportividade se fez usando as belas rodas bicolores de cinco raios, parachoques com entradas de ar bem mais vistosas, kit de spoilers e um elegante aerofólio traseiro, sem tamanho exagerado. Um pacote de altíssimo nível, sem dúvida.
Como todo modelo esportivo, a posição de dirigir é baixa e os comandos do painel priorizam o motorista. Isso explica o console baixo e levemente girado. Um detalhe interessante está em que o ar moderno do contraste entre alumínio e a cor preta ganha certo charme nostálgico vindo das saídas de ar circulares. A lista de equipamentos provavelmente é a maior da linha, e conta com itens como airbags frontais e laterais, ar-condicionado automático, computador de bordo, controles de estabilidade, farois bixenon com limpadores e ajuste de altura, piloto automático, revestimento de couro para bancos e volante, rodas de liga leve aro 19” com pneus 255/35, sensores de chuva e crepuscular e sistema de som Bose, tendo como único opcional o sistema de navegação. A capota da versão Roadster tem acionamento elétrico que se faz em doze segundos para abrir e catorze para fechar, além de defletor de vento. Um dos esforços da Audi foi reduzir o peso dos dois, que ficou em 1.475 kg para o cupê e 1.535 kg para a versão aberta. Tudo isso ajuda a justificar seus preços respectivos de R$ 399 mil e R$ 419 mil.
Entretanto, fica óbvio que o maior apelo de compra de um carro destes é o desempenho. Seu grande capô esconde o 2.5 TFSI, que mesmo com cinco cilindros se mostra um excelente expoente do downsizing porque em outros tempos um carro destes certamente usaria motor V6 ou V8. Ele se vale de uma série de tecnologias para extrair excelentes 340 cv, com torque de 45,9 kgfm. Toda essa força encontra resposta na suspensão esportiva 10 mm mais baixa, na tração integral quattro e principalmente no câmbio: ele usa o famoso automatizado S-Tronic, de sete marchas, dupla embreagem e borboletas no volante. Fora o conjunto de amortecedores Magnetic Ride, que usa um intrincado sistema para alterar as condições de rodagem em milésimos de segundo, de acordo com a necessidade. Esse conjunto tão bem escolhido permite ao Coupé acelerar de 0 a 100 km/h em 4s3 e ao Roadster em 4s4, mas é uma pena que a velocidade máxima não tenha escapado do limite eletrônico em 250 km/h.
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