Abaixo dos premium mas acima dos populares, esse subsegmento é um dos mais recentes a se formar no Brasil. A leva inicial foram modelos muito racionais, de preco acessível por espaço interno digno de modelos maiores, mas que cobrava isso no desenho não muito inspirado. Com isso, as outras marcas vieram a lançar os seus modelos com foco bem maior na estética, e hoje em dia temos duas vertentes que permitem agradar a muitas famílias de até cinco pessoas.
Chevrolet Cobalt: Usar a moderna plataforma europeia da Opel lhe trouxe o benefício do latifúndio de interior e porta-malas. Fazer a cabine no dual cockpit da Chevrolet americana lhe deu estilo de bom gosto, com toques (leia-se peças) de Cruze e Sonic. Seu grande tropeço foi lembrar do Brasil justo na hora de escolher o desenho: a inspiração veio do Agile… Mas é um sedã muito competente. Se falta fôlego ao motor 1.4, logo chega o 1.8, com câmbio automático e tudo.
Fiat Grand Siena: Estrear geração nova lhe deu cabine muito mais espaçosa que a anterior, apesar de que ele não é o campeão daqui nesta área. Mas ele vira o jogo com o estilo arrebatador, de linhas refinadas e mais elegantes do que nunca. O pacote de itens melhorou tanto desde a versão básica que as de topo viraram premium. Como o foco daqui são as com motor 1.4, vale destacar que ele é o único com versão Tetrafuel, que roda com quatro opções de combustível.
Ford Fiesta RoCam: Mais antigo de todos, ele tem o trunfo de ser um dos raríssimos casos de sucesso estilístico ao adaptar o sedã a partir de um hatch cujo projeto original não lhe previa. É uma pena que os dois face-lifts já tiraram a harmonia inicial, mas ele ainda agrada por ótimo espaço de cabine e porta-malas, motores competentes e durabilidade. Mas hoje em dia mais pelas agressivas promoções da marca, que lhe enchem de itens a preço que esconde sua idade.
JAC J3 Turin: É a versão três-volumes do pioneiro da marca do Faustão. Seu desenho em linhas delicadas de perfil baixo não nega um forte ar de anos 90, mas pelo menos ficou harmônico. De resto, ele apenas repete as qualidades do dois-volumes: muitos itens, preço baixo e, mais recentemente, durabilidade e assistência técnica de qualidade comprovadas por um teste de revista. É de se esperar que isso melhore quando a JAC concluir sua fábrica aqui.
Nissan Versa: Partir da plataforma do March lhe permitiu ganhar espaço interno excelente, e ainda aliado aos baixos custos em manutenção e no próprio preço final do carro, mesmo com seus generosos pacotes de itens. Estes e a restrição ao eficiente motor 1.6 16v reforçam que ele está acima dos populares. Mas nenhuma tentativa de passar ideia de luxo justifica seu desenho de linhas inchadas que não se entendem entre si. O câmbio automático faz falta.
Renault Logan 1.6: Como todo pioneiro, é o mais fiel aos ideais originais. O face-lift não pôde disfarçar a proposta tão exaltada no lançamento: seu foco é ser barato e isso se explica nas linhas discretas e simples por dentro e por fora. Mas esse desenho quadrado se justifica no interior, com espaço para cinco e malas maior que o de alguns sedãs médios. Pode até ter câmbio automático, mas a imagem das versões de topo sofre com a adoração dos taxistas.
Volkswagen Voyage: Ele é um Gol com três volumes. E é isso que lhe impede de brigar com os premium mesmo nas versões mais caras, porque ele não tem o prestígio que desejam os clientes daqueles. Então, deixando isso de lado se vê um sedã moderno mas sem pretensões de luxo, com qualidade de construção impecável, motores de fácil manutenção e cabine espaçosa. O topo da linha traz câmbio I-Motion mas vale esperar o face-lift, que não demora a chegar.
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