Wednesday, September 29, 2010

Chevrolet Montana

Chevrolet Montana Se o mercado brasileiro possui motivos de orgulho, como excelente volume de vendas e modelos que fazem sucesso até na Europa, infelizmente exibe também algumas facetas vergonhosas, como o caso da Chevrolet por aqui. Se nos anos 1990 fomos privilegiados com o melhor que existia na Europa, como os equivalentes de Opel Omega, Vectra, Astra, e até Corsa, hoje em dia nosso Vectra foi rebaixado ao Astra europeu, nosso Astra vegeta há quase uma década, e mesmo o então novo Corsa conseguiu encalhar por aqui, por causa de estratégias deficientes da fábrica. E até hoje ainda somos obrigados a ver o Corsa antigo saindo como 0km, com uma frente nova mas o mesmo desenho de resto que já grita implorando por aposentadoria.
 
Mas como se não bastasse tudo isso, ainda sofremos a tortura visual chamada Agile, que começa a fazer família. Igualmente desengonçada, a nova Montana trocou as equilibradas linhas da linha Corsa, para nesta nova geração receber o festival de desencontros que caracterizam os Agile. É impressionante como o carro consegue ter partes bem-desenhadas, mas que simplesmente não “conversam” entre si. As laterais ficaram uma ótima evolução do que se tinha na primeira Montana, com um degrau maior e um paralama abaulado que lhe dá ideia de robustez. Mas a frente continua sendo motivo de espantos, com faróis cujo formato parece não saber como ocupar o espaço, e uma grade com pelo menos o dobro do tamanho de qualquer outro carro de seu segmento. Pelo menos o novo parachoque trouxe um estilo mais coerente com ela, ainda que uma frente dessas realmente não precise de ainda mais aberturas…
 
Os compradores de picapes compactas geralmente são empresas, que a usam para levar cargas pesadas, ou jovens que apenas querem um carro com desenho atraente. Gosto é algo que existe dos mais variados tipos, mas fato é que a caçamba da picape aumentou: Mede 1,68 m de comprimento, e com isso tem volume de 1100 litros, com a excelente capacidade de carga de 758 kg. E é justamente o espaço que se mostra como um ponto forte dos Agile, porque na nova Montana a cabine é a mesma, mas atrás dos bancos dianteiros ela traz mais 164 litros, espaço útil para pequenos objetos sem que se precise deixá-los descobertos na caçamba.
 
Como era de se esperar, a picapinha traz o 1.4 Econo.Flex, que nela rende 101/104 cv e a leva de 0 a 100 km/h em 12,1 segundos, além de uma velocidade máxima de 170 km/h (dados de fábrica com álcool). Quanto à versões, a LS é a de entrada (R$ 31.990). Já vem com calotas e protetor de caçamba, mas mostra que é o modelo “trabalhador” da linha ao incorporar dez ganchos ao redor da caçamba, para amarrar cargas. Já a versão Sport (R$ 44.040) traz faróis com máscara negra e lanternas fumê, detalhes da carroceria na cor do veículo, coluna B com adesivo preto, e rodas de liga leve de 15 polegadas. A lista de opcionais é interessante, com rodas aro 16’’, freios ABS, airbag duplo, piloto automático e sensor crepuscular.

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