Se você sempre leu as várias publicações da imprensa especializada sem dar muito crédito aos comentários de que este hatchback é um lançamento de extrema importância para a Peugeot brasileira, o anúncio oficial da série que motiva este artigo é a prova que lhe faltava. Já se sabe há muito tempo que o estiloso compacto francês chega ao país em muito breve, e é justamente por isso que o início de sua produção se fará com toda a pompa e a circunstância que só uma edição limitada consegue providenciar.
Muito já se comentou no artigo prévio ao lançamento do 208 sobre o quão necessária era a sua chegada ao Brasil, por motivos variados. Em tempos de concorrência cada vez mais acirrada, oferecer o produto mais atraente da categoria é um objetivo cuja importância já está superando até a de oferecer o produto mais barato, o que se pode ver como mais uma prova de que nosso mercado continua evoluindo. Infelizmente ainda existe muito o que melhorar, mas não se pode negar que em um aspecto nosso público já se equipara ao dos mercados mais exigentes do mundo: ainda que os carros em questão sejam muito diferentes, o brasileiro em geral já superou a época de ter como prioridade única e inabalável aos fatores racionais, seguidos de perto pelas “leis da sabedoria popular”. Questões como desvalorização, facilidade de revenda ou mesmo o tempo que a marca atua no país estão decidindo cada vez menos compras, e cedendo espaço nos cálculos do consumidor a conforto, desempenho, estilo e sofisticação, entre outros. Isso significa que estamos cada vez mais abertos a experimentar as novidades do setor, o que desencadeia uma série de vantagens: um mercado receptivo estimula que cheguem novas empresas e que as antigas ofereçam novos produtos, tornando a oferta final maior do que nunca. E com cada vez mais concorrentes, não resta outra solução às empresas senão melhorar o que vendem. Mas além da forma óbvia de se realizar essas melhorias, como os aspectos citados que o 208 atende com maestria, outro é a necessidade de cada marca achar a sua forma de se diferenciar.
Explicar isso nem requer sair do Grupo PSA: basta envolver o Citroën C3, que é o “primo de projeto” do 208. Ambos compartilham plataforma e trem-de-força, mas cada uma cuidou de todo o demais por si só. Design exterior e interior, oferta de itens e arranjo da lista de versões são elementos muito fáceis de modelar, de forma se trabalha neles para firmar a personalidade que cada carro oferece, de forma que mesmo atuando na mesma faixa de preço, esses dois compactos jamais disputem um mesmo cliente. Ou seja, o nível de tecnologia do C3 ganha uma interpretação muito mais esportiva com o modelo da Peugeot. A série Premier tem previsão de entrega para março, um mês da chegada oficial do 208 ao país, e como era de se esperar vem em tiragem de 208 unidades por R$ 54.990 cada – como a marca fez sua pré-venda pela internet há algum tempo, é de se esperar que todas já tenham dono. Seus itens exclusivos são a cor externa fosca e as rodas diamantadas exclusivas, revestimento em couro para alavanca do freio de mão e parte dos bancos, manopla do câmbio cromada e pedaleiras de alumínio. É um pacote fechado que ainda conta com seis airbags, ar-condicionado bizona, central de entretenimento com touchscreen, Bluetooth e GPS, farois com LEDs, freios ABS com EBD e sensores crepuscular, de chuva e de estacionamento dianteiro e traseiro, entre muitos outros itens. O motor é sempre o 1.6 16v FlexStart, de até 122 cv.
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