Lembra dos pacotes de acessórios M Sports e AMG Sports de BMW e Mercedes-Benz? Eles são o mesmo que a Audi oferece para seus modelos como a linha S-Line, que por sua vez serviu de inspiração para a irmã VW criar a sua gama com nome parecido. Trata-se de um “meio-caminho conceitual” entre as tão aclamadas versões esportivas dos carros desses fabricantes e suas variantes mais baratas, mesmo que às vezes um desses conceitos a conectar nem exista. É o caso do carro que você conhecerá neste artigo.
Essa tão repetida questão parte da aura de desejo que os carros esportivos exercem sobre os entusiastas automotivos. A maioria desses sonhos tem como imagens mais frequentes os bólidos de marcas como Ferrari ou Porsche, mas nas últimas décadas as demais montadoras também conseguiram uma forma de agradar esse grupo de fãs. Criar versões de alto desempenho de modelos urbanos como Golf ou Série 3, desde várias décadas atrás, foi uma decisão de enorme sucesso porque permitiu aproximar o objeto de desejo de quem o deseja. Tornou-se possível aceder à tal performance melhorada e ao visual diferenciado sem deixar de lado as praticidades cotidianas de um sedã ou uma minivan. A partir daí, essa tendência foi seguida tantas vezes que as marcas passaram a usar nomes fixos: Alfa Romeo Quadrifoglio, Audi S e RS, BMW M, Chevrolet SS, Dodge R/T, Ford ST… A variedade é enorme, mas o passar dos anos mostrou que ainda havia um nicho a preencher. Afinal, por um lado o mercado consumidor começou a querer incrementar o visual dos mais variados segmentos de carros, mas ao mesmo tempo percebia que as estradas em geral vêm ganhando limites de velocidade cada vez menos propensos a viajar a 200 km/h ou mais. Sendo assim, como seria eliminar a parte dos motores exclusivos e economizar um bom valor levando apenas a aparência especial?
Essa ideia contraria por completo o conceito original de veículo esportivo, mas isso é um fato tão inegável quanto o de que ela vem agradando em cheio a muita gente. Basta lembrar do que se citou no começo deste artigo: a especialidade dessas linhas não passa dos acessórios visuais, exatamente como o que se vê neste Tiguan, que chega ao Brasil com o preço inicial de R$ 114.770. O kit R-Line lhe dá parachoques mais agressivos, saias laterais e spoiler traseiro na cor da carroceria, molduras nos paralamas e as belas rodas exclusivas de 18”, além dos logotipos alusivos. Além disso, o interior recebeu mais detalhes em alumínio, teto na cor preta e mais logotipos. Isso dá ao crossover visual muito mais chamativo que as versões comuns, mas sem diferenças absurdas de preço porque ele mantém o 2.0 TSI de sempre, com potência de 200 cv e torque de 28,5 kgfm e que vem associado ao câmbio automático de seis marchas e à tração integral 4Motion: este conjunto permite aceleração de 0 a 100 km/h em 8s5 e velocidade máxima de 207 km/h. Outra particularidade do Tiguan R-Line é a oferta de opcionais em kit fechado: bancos esportivos em couro com apoios de cabeça especiais, pedaleiras em alumínio e volante multifuncional com borboletas para trocas de marcha lhe elevam o preço a R$ 126.169.
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