A melhor defesa é o ataque. Quem poderia imaginar que uma máxima do xadrez se aplicaria tão bem ao mundo dos carros? Impostos do governo, defasagens do que se oferece lá fora, crises econômicas… Por maior que seja a influência desses fatores, nada afeta com tanta força as estratégias dos fabricantes quanto a reação do público, através da simples livre concorrência. Um primeiro olhar pode dar pouca importância a esta novidade, mas este artigo irá esclarecer o que há por trás desta nova versão do Duster.
Este modelo deve ocupar uma posição bem alta na lista-negra da Ford. Afinal, depois de vários anos rindo à toa com o sucesso de vendas do EcoSport, as primeiras ameaças vieram apenas poucos anos atrás. O Citroën Aircross trouxe desenho diferenciado e de muito bom gosto, mas ainda não era a melhor ameaça. Ela só se fez mesmo com o Duster, cujo ataque passa pelos preços competitivos mas tem como maior destaque o conjunto: se o Ford agrada pela receita de SUV em escala menor, o Duster a evoluiu. O pragmatismo da origem Dacia se converteu em uma rusticidade que acabou seguindo ainda mais fielmente a tal receita dos SUVs compactos. Afinal, o maior tamanho do Duster lhe dá a impressão de carro mais caro, enquanto a ausência da profusão de vincos e recortes para reduzir custos lhe deram aspecto mais limpo. Some isso à suspensão elevada, tração 4x4, adereços visuais de bom gosto e motores eficientes, e está explicado o catapultamento de vendas que chegou a tirar a liderança mensal do agora arqui-inimigo. Entretanto, mesmo que a iminência da nova geração do EcoSport não fosse segredo para ninguém, o Duster não esperava que a Ford usasse estratégia parecida.
O novo EcoSport investiu pesado na parte de requinte e tecnologia, que não por coincidência é o ponto fraco do rival. Fica difícil levar um carro cujo projeto inicial focava exclusivamente no baixo custo, quando se tem uma opção similar em preço mas que conta com estilo sedutor e fartura dos itens que enchem os olhos dos mais jovens, então a defesa da Renault contou com melhorias neste aspecto. Como ainda não é hora de mudar o estilo, suas novidades vieram em uma série especial. Limitada a 4.500 unidades, a TechRoad traz máscara negra nos farois, rodas escurecidas e adesivos da série, mas seu destaque é a central de entretenimento multimídia. Trata-se de uma touchscreen de 7” que requis um console central exclusivo e comanda a conexão Bluetooth, o navegador GPS MediaNav e o sistema de som, que tem entrada USB mas não para CD. Os demais equipamentos são os vistos na versão Dynamique, e incluem ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico e volante em couro, entre outros. A série TechRoad pode vir com o motor 1.6 16v por R$ 54.800 e 2.0 16v por R$ 58.450, em que esta última ainda pode ter câmbio automático por R$ 62.150. Ela só pode vir com tração 4x2, mas outra novidade interessante é que a partir de agora a mesma central nova será um opcional para a versão 4x4, por R$ 500.
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