Crossovers são uma mistura de conceitos já de nascença. Já se sabe amplamente que se tratam das mais variadas tentativas de aliar o espaço interno das minivans ao requinte da maioria dos sedãs, colocar tudo isso no tamanho reduzido típico dos hatchbacks e ainda lhe dar a imponência e algo do preparo off-road que faz a fama dos utilitários esportivos. A Volvo já vinha conseguindo bons números com seu crossover médio, mas agora presenteia o seu estilo moderno com um toque de esportividade de ótimo gosto.
Até vinte anos atrás pareceria um perfeito contrassenso aplicar estilo esportivo a um modelo originalmente destinado a transpor caminhos fora-de-estrada, porque a concepção desses estilos lhes obriga a seguir caminhos opostos – um dos vários exemplos é que um SUV precisa ser alto em relação ao solo para proteger a parte inferior, ao passo que um cupê precisa ser baixo para melhorar a aerodinâmica. Porém, o pulo-do-gato das grandes empresas foi entender que, mesmo sabendo disso, os clientes ainda se inclinavam em favor de ter um pouco de cada lado. Com isso, bastou começar a lançar carros com essa mistura para aos poucos encontrar as proporções de maior aceitação, como o caso do mais novo Volvo a chegar ao país. Ao mesmo tempo que ele parece grande e imponente, é interessante ver que as medidas têm proporções típicas de um modelo de alto desempenho: ele é bem mais largo do que alto, e o exalta com a linha de cintura bem espessa. Estes suecos vêm ganhando amplos méritos pelo desenho dos seus modelos justo por esses detalhes, que agregam esportividade sem que o carro tente parecer um modelo de Fórmula 1: a ideia de força vem acompanhada de muito bom gosto. E, neste caso, preço mais acessível do que o esperável para um carro assim: R$ 172.900.
Sendo assim, não podia ser justamente o pacote dedicado a mais esportividade que quebraria a estilosa harmonia do XC60. Mesmo quando não usa o chamativo vermelho que a publicidade da marca exalta, ele agrada por itens como as rodas de 20” e o kit aerodinâmico, que conta com spoilers dianteiro, laterais e traseiro, e parachoques com maiores entradas de ar. Esses adicionais caíram bem porque usam a mesma estratégia dos kits similares dos carros de Audi, BMW e Mercedes-Benz: eles não chamam atenção cada um por si, mas sim dão mais arrojo ao conjunto do visual do carro. Mas a linha R-Design (não confundir com a R-Line, esta usada pelos Volkswagen europeus) vai um tanto mais além porque o XC60 também recebeu alterações na parte técnica: segundo a marca, ele traz um chassi com acerto mais rígido, para que a dirigibilidade condiga melhor com todo o espírito que ele propõe. Além disso, todo esse espírito não poderia deixar de encontrar resposta sob o capô: a sigla T5 já antecipa que este carro usa motor turbo de 240 cv, que lhe permite acelerar de 0 a 100 km/h em 8s1 e chegar à velocidade máxima de 210 km/h. A cabine conta com o já clássico pacote de itens completo, que inclui bancos esportivos em couro.
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