Audi A1 Sportback

Esse plano de lançamentos vai deixar muitas saudades. Depois de passar o ano inteiro num ritmo médio de um carro ou versão novos a cada duas semanas, dias depois de trazer o superesportivo RS5, quem chega é uma opção também muito estilosa, mas que tem foco diferente. A Sportback nada mais é que a versão quatro-portas do que já se chama de “Audi caçula”, em duas versões bem diferentes. Pode não parecer um destaque grande, mas neste artigo você verá por que ele é um lançamento muito importante para a marca.

Marcas como BMW, Cadillac, Lancia e outras similares detêm a chamada reputação de “marcas premium”. Trata-se de uma diferença de percepção por parte do público que nasceu por diferenças na estratégia dessas empresas, e hoje em dia se torna uma via de mão dupla que se esforça em trazer benefícios a ambos lados. É um processo simples: as tais empresas não só produzem veículos melhores, seja em luxo, mecânica, qualidade de construção ou algum outro fator, como expõe esse produto melhor de uma forma diferente. As propagandas, o estilo das concessionárias, tudo converge a uma discrição elegante que não passa despercebida pelas pessoas. Pelo contrário, isso lhes faz ver essas empresas como melhores, um tanto superiores. Portanto, elas buscam continuar oferecendo produtos dignos de todo esse status, e esse ciclo se mantém enquanto houver colaboração mútua. A questão é que uma dessas formas de tirar proveito é de a empresa lançar modelos mais acessíveis, mas preservando o máximo possível da imagem que firmou com os maiores. Ou seja, oferecer o mesmo perfume em frascos menores, para poder cobrar menos e vender mais.

Trata-se de uma estratégia inversa à que originou Citroën DS3, Fiat 500 e Opel Adam: por mais que tenham porte e até preço parecidos, estes são modelos de marcas mais acessíveis e que buscam oferecer o visual caprichado a doses de luxo maiores que o visto no restante da linha. Voltando ao A1, o fato é que ele ganha muitos pontos justamente por representar a porta de entrada da classe média-alta ao tal padrão superior a que tanto almeja. A ideia é seduzir este nível de consumidor a deixar os topos-de-linha das marcas mais baratas, para pagar um pouco mais e levar um carro muito superior, mas que cuja marca até pouco tempo atrás praticava preços estratosféricos. O A1 já havia começado a difundir esse aumento de versatilidade no Brasil há mais de um ano, mas até então apenas na versão duas-portas. A vinda da Sportback passa a ser uma excelente aposta, então, porque seu formato mais convencional permite à Audi atrair também as famílias pequenas, que veem num carro deste nível uma excelente forma de consolidar a ascensão social que tanto buscam e até um toque extra de estilo e jovialidade, mas sem chegar a desembolsar o que se pede pelos sedãs grandes. Essa hipótese ganha fundamento pelas próprias diferenças que o quatro-portas (não) traz: ele só mudou o que precisava para ganhá-las, preservando o máximo possível da imagem original.

Com isso, fica necessário esclarecer que enganado está quem pensa que isso é um defeito. O A1 vem colecionando elogios ao redor do mundo precisamente por cumprir bem a proposta que faz, de trazer as qualidades de um legítimo Audi em tamanho reduzido e com preço em escala ainda menor. Estão lá a dirigibilidade incomparável, auxiliada pelo câmbio S-Tronic, a altíssima qualidade de acabamento, o estilo recortado e de forte identidade visual, e até mesmo os farois com luzes diurnas em uma fileira contínua de LEDs. Mas além de acesso mais fácil ao banco traseiro, a altura ganhou 6 cm em relação ao três-portas. O A1 Sportback terá opções de coloração diferentes, em que agora toda a parte de cima do carro pode vir em cor contrastante em vez de apenas os arcos, mas apenas em preto. As versões são duas: a Attraction sai por R$ 99.900 e usa o já conhecido 1.4 TFSI de 122 cv, enquanto a Ambiente usa o mesmo 1.4 mas com turbo e compressor, chegando aos 185 cv vistos no A1 Sport, e sob o preço de R$ 114.900. Esta versão também traz acessórios mais esportivos, e faz o modelo acelerar de 0 a 100 km/h em 7s, e chegar à velocidade máxima de 227 km/h. Num primeiro momento, a Attraction será vendida com desconto de R$ 5 mil.

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Audi A1 Sport

Quem diria que o nosso mercado veria uma marca como a Audi trazendo uma novidade a cada duas semanas? A bola da vez é o menor do modelo da linha, que agora inicia o processo de expansão de sua linha no país. Se até então ele só aparecia aqui nas versões genéricas, a Sport chega para realçar um lado do A1 que o brasileiro até então não conhecia: é impressionante como essa generosa evolução de desempenho combina muito bem com a esportividade exalada de nascença pelo desenho desse compacto alemão.

A questão está em que o A1 é um compacto de imagem, mas não segue a variante tradicional de visual retrô como os pioneiros Fiat 500 e Mini Cooper. Ele se entende melhor com a variante mais recente, que começou com o Citroën DS3 e há poucas semanas ganhou força com o Opel Adam. O A1 tem nível de sofisticação digno de disputar clientes com eles, mas obtém sua imagem sedutora olhando o futuro, e não o passado. Seu desenho segue as tendências mais recentes da linha Audi, mas ele ganha charme a mais por alguns detalhes exclusivos. É o caso dos arcos laterais, que ladeiam parabrisa, teto e vidro traseiro e no duas-portas podem vir em cor prata. Já o quatro-portas tem toda a seção acima da linha de cintura em preto, sem depender da cor externa escolhida. Mas tudo isso lhe traz um status apenas urbano, de carro bonito e simpático para transitar com requinte pela cidade. Como esses modelos em momento algum preveem incursões no fora-de-estrada, o toque extra à imagem vem se fazendo com as versões esportivas. É o caso da versão Abarth para o Cinquecento, John Cooper Works para o Cooper, e Sport para o A1.

Assim como a BMW com o equivalente M1, a Audi também preferiu guardar o nome que as regras da marca dariam a este modelo. Este daqui deveria se chamar S1, mas a nomenclatura não refreou seu desempenho. Se o visual ganhou apenas as rodas maiores e os parachoques mais agressivos, o moderno motor 1.4 da versão comum recebeu turbo e passa a se chamar TFSI. Esta sigla já é objeto de culto entre os carros do Grupo VW pelo alto desempenho, que aqui se manifesta na potência de 185 cv, um salto de 63 cv sobre o 1.4 comum. Aliar isso ao mesmo câmbio S-Tronic de sete marchas e dupla embreagem que se usa até no superesportivo R8 significa um desempenho de foguete a um carro um tanto mais leve. Esta versão baixou dois segundos na aceleração de 0 a 100 km/h, chegando à marca de 6s9. Já a velocidade cresceu o suficiente para merecer o limite eletrônico de 250 km/h. Isso sempre frustra os amantes da velocidade, mas no caso do A1 Sport se torna um bem-humorado argumento de venda a mais: carros como A4, A6 e A8 custam muito mais, mas os R$ 109.900 parecem bem baratos ao lembrar que o A1 Sport termina alcançando mesma velocidade máxima que eles.

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Audi A1

Apresentado ao país no Salão do Automóvel, o A1 finalmente aporta oficialmente por aqui, colocando até a Audi no segmento dos compactos de imagem. Antes se dizia que a inspiração eram os modelos antigos, como os pioneiros Fiat 500 ou Mini Cooper, mas depois o que passou a importar foi mesmo o charme, caso do smart fortwo, e do compacto vermelho destas fotos.

De qualquer ângulo que se olhe, não existe nenhum tipo de saudosismo. Muito pelo contrário, o A1 tem todas as qualidades dos Audi, como o desenho com a frente característica, mas sempre em miniatura. É o conceito seguido pelo seu motor também, um 1.4 de 122 cv com câmbio automatizado de sete marchas. Mas o salgado preço de R$ 89.900 oferece mais.

Seu interior é equipado com tudo. A cabine mistura o DNA Audi com os traços herdados da plataforma do VW Polo europeu, mas ainda assim exala requinte. Sua única versão traz ar-condicionado, freios com ABS e ESP, airbags, sistema de som multimídia e faróis bixenônio. Já entre os opcionais temos itens como teto solar, sistema Start/Stop, GPS e bancos de couro.

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