O Evoque é um daqueles modelos que melhor representam a subversão dos estereótipos que se formaram entre as marcas ao longo das décadas. Se até então a maior revolução da Land Rover era o Range Rover e seu luxo digno de modelos premium, quem diria que a marca mais dedicada à excelência no off-road dos últimos tempos criaria um modelo tão urbano quanto o Evoque? Urbano porque nenhum outro de seus “irmãos” valorizou tanto o desenho e a eficiência mecânica como seu ele, que chega ao país em duas versões.
Tanta mudança de foco se percebe no modelo já pelo exterior, de qualquer ângulo que se olhe: quem imaginaria que um Land Rover seria tão moderninho assim? Capô alto e curto, rodas tão grandes quanto belas, linha de cintura elevada e arroubos estilísticos como as saídas de ar laterais parecendo continuações dos faróis, um modelo desta marca nunca foi tão integrado às tendências de desenho da própria época como ele. E isso lhe faz bem de uma forma enorme, pois ele acaba ganhando toda uma proporção diferente, e para isso também colaboram suas dimensões: ele é curto (4,36 m), não tão alto (1,64 m) mas bastante largo (1,97 m). Ou seja, o modelo ganha estabilidade impecável sem abrir mão da agilidade nas grandes cidades.
Seu interior é um exemplo de mistura bem-feita. Ele traz o luxo típico dos Range Rover, mas envolto por uma cabine futurista e de qualidade elevadíssima, tanto nos materiais como na construção. Um modelo desses sempre traz um pacote de itens completo, mas o que com certeza é seu mimo mais distinto está na touchscreen de 8” do console central: ela controla as funções do carro e do sistema de entretenimento, mas permite exibir duas imagens diferentes ao mesmo tempo, em ângulos distintos: o motorista pode acessar informações de GPS ao mesmo tempo que o passageiro do lado assiste um filme, por exemplo.
O Evoque sempre vem equipado com o 2.0 turbo de origem Ford, que gera potência e torque de 240 cv e 34,7 kgfm, com transmissão automática de seis marchas e borboletas no volante. Ótimo detalhe é que ele não abandonou o sobrenome, e mantém bons ângulos de entrada e saída, além de possuir tração integral com sistemas eletrônicos Terrain Response, de gerenciar a parte mecânica de acordo com o piso em que se está. O modelo parte de R$ 164.900, mas com uma estratégia de a versão Coupé sair mais cara que a de quatro portas, além de ter o teto levemente rebaixado em direção a esta.
Suas versões são três. A básica se chama Pure e traz rodas de 18”. As outras são Dynamic e Prestige, e ambas partem de R$ 182.900, em que a primeira traz rodas de 19”, bancos esportivos, cabine com couro em dois tons, tela de 8” no console central e Park Assist. Pode vir com o pacote Tech (totaliza R$ 231.900), ganhando rodas de 20”, bancos tipo concha, sistema de som mais refinado e câmeras 360° num sistema multimídia que inclui TV digital. As diferenças para a Prestige estão no teto panorâmico e no sistema de som, mas seu pacote Tech (pelo mesmo preço do anterior) difere ao trazer duas telas LCD nos encostos dos bancos dianteiros, e a tal tela Dual View no console.
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